O volume da Mesa de Celebração apresenta dois eixos verticais que foram vincadamente demarcados de forma a quebrar o volume em quatro peças iguais. O volume é definido por quatro colunas em L que formam um vazio interior que é essencial para a leitura da transparência entre placas horizontais.
Dependendo dos diferentes pontos de vista do observador, este terá sempre a percepção da cruz de cristo em todas as frentes visíveis da mesa que é lida pela distância entre as quatro pernas que definem verticalmente o eixo da cruz e pela distância a que foram colocadas as lâminas horizontais que formam o volume de cada perna e que definem horizontalmente os braços da cruz. O tampo é o elemento de união das quatro colunas e o suporte de apoio à Pedra d’ara e do qual o Presidente da Celebração tem visão sobre dois eixos que descem sobre as marcações verticais dos vazios entre as colunas em L, cumprindo no tampo o desenho da Cruz de Cristo.
A permeabilidade visual entre as diversas placas de latão e a sua sustentabilidade foi o desafio encontrado para que todo o conjunto mantivesse a ideia de leveza construtiva, conseguida pela aplicação de apoios entre placas de forma a garantirem solidez estrutural e a conferirem unidade arquitectónica onde é a leitura horizontal que prevalece sobre estes elementos verticais que são dissuadidos na globalidade do conjunto.