A devoção a Nossa Senhora de Fátima remonta a 1917, na região de Fátima, Portugal, atravessou o tempo e chegou rapidamente a todos os continentes e países. Nossa Senhora apareceu a três simples crianças, que pastoreavam ovelhas da família. Foram seis as aparições, no dia 13 de cada mês, de maio a outubro de 1917. A partir de então, uma multidão imensa começou a procurar Nossa Senhora de Fátima.

Em Fátima, Nossa Senhora não dirigiu-se não somente à geração da época, mas, também, às vindouras. A grande marca da mensagem de Fátima, que orienta toda a devoção, é o apelo da Virgem à oração do Terço, à penitência, à conversão e à reparação.

Nossa Senhora pede, em Fátima, que seus filhos voltem para Deus e para a Igreja de coração sincero. Ela pede oração, penitência, conversão e reparação pelas ofensas que diariamente seu Sagrado Coração, junto com o de Jesus, sofrem. Por isso, a devoção a Nossa Senhora de Fátima leva o fiel para o encontro pessoal com Jesus e tem como fim último levá-lo para o céu.

A mensagem de Fátima enche-se de atualidade. Em Fátima Nossa Senhora falou para o futuro. Ela profetizou. E suas palavras continuam válidas. O mundo sofre ameaças constantes de guerras, de ditaduras, de calamidades e grandes sofrimentos. Mas a oração do terço, a penitência, a conversão, a procura dos sacramentos e a reparação podem evitar essas e outras tragédias, na vida do crente e por meio da sua oração no mundo.

Esta Capela foi contratada e instituída em 18 de outubro de 1569, designando-se anteriormente de Capela do Senhor Jesus, por ter uma imagem de Cristo Crucificado.

Este altar, constituído por um só corpo horizontal e três tramos verticais, apresenta uma decoração típica do século XVII, época em que começa a crescer o interesse pela talha dourada, que se torna cada vez mais relevante, emoldurando a escultura e as pinturas, com elementos arquitetónicos (colunas, entablamentos e frisos) decorados sobretudo com motivos vegetalistas e geométricos.

Atendendo a que os retábulos respondiam a necessidades litúrgicas e estéticas de uma comunidade, eles surgiam como resposta concreta a aspectos muito particulares dessa vivência adquirindo, como é o caso concreto da Capela de Nossa Senhora das Graças, um carácter narrativo ou didáctico.

Uma vez que a maioria da população não era letrada, estes retábulos tinham como intenção principal mostrar aos fiéis representações figurativas de ciclos religiosos, apresentando múltiplos espaços com representações, quer em pintura, quer em escultura.

Neste caso, o retábulo possui uma escultura (séc. XX) representando a Senhora de Fátima, que ocupa o nicho do primeiro tramo, seguindo-se uma pintura sobre madeira representando a Ressurreição de Cristo, no segundo tramo e uma pintura de Deus Pai, no remate superior.

Deus de infinita bondade,
que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe,
concedei-nos que, seguindo os seus ensinamentos
e com espírito de verdadeira penitência e oração,
trabalhemos generosamente pela salvação do mundo
e pela dilatação do reino de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.