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Religião
Retábulo de S. Jacinto

São Jacinto nasceu no ano de 1183 em Cracóvia (Polónia) e chamava-se Jacob. Ingressou para a vida religiosa tendo conhecido São Domingos de Gusmão em Roma no ano de 1221. Passando, dessa forma, a fazer parte da Família Dominicana, que lhe deram o nome de Frei Jacinto.

Tornou-se pregador, no convento da Santíssima Trindade, em Cracóvia, em 1228, e pregava a cruzada contra os Prussianos em 1238. Morreu a 15 de agosto de 1257.

Durante a sua vida, foram fundados os conventos de Breslau, Sandomir e Dantziga. Em 1228, a partir do capítulo geral dominicano de Paris, Jacinto, juntamente com outros dominicanos, foram transferidos para a Rússia, onde a sua evangelização atingiu também os Balcãs, a Prússia e a Lituânia. Substituíram os Cistercienses, por estarem melhor preparados. Mas os Tártaros, em 1241 e 1242, destruíram numerosos conventos e fizeram muitos mártires.

Depois da passagem deles, a obra apostólica foi retomada, e Jacinto retornou à Cracóvia. Morreu no ano de 1257 consumido por muitas fadigas. Desde 1260, três anos após sua morte, o seu túmulo atraía peregrinos. São Jacinto é considerado o apóstolo da Polónia. O culto dele abrangeu toda a Polónia. Ao papado de Papa Gregório IX, ele trabalhou para a união das Igrejas do Oriente e do Ocidente. Foi canonizado pelo Papa Clemente VIII, em 1594.

 

A Capela de S. Jacinto localiza-se na nave da Igreja S. Gonçalo de Amarante. A decoração deste retábulo enquadra-se no estilo barroco nacional (séc. XVIII), correspondendo a um tipo de retábulo devocional a três temas: para além da representação do orago, S. Jacinto, que ocupa o tramo central evidenciado pela sua altura e largura, expõe também imagens de devoção secundária: S. João Baptista, no tramo lateral esquerdo e Santo António de Lisboa, no tramo lateral direito. Acrescenta-se ainda uma representação da Virgem, na zona central onde normalmente se encontra o sacrário.

Com efeito, o barroco caracterizado por uma exuberância espectacular, usando jogos de luz e cor e efeitos de movimento que envolvem e impressionam o espectador, exprimindo uma nova concepção cenográfica do espaço. A talha adquire uma maior dimensão e profundidade.

Neste altar, as representações dos santos são feitas em pintura sobre madeira, enquadrado por um rico e minucioso trabalho de talha dourada, sobretudo com motivos vegetalistas, com uma profusão a lembrar a filigrana. Os oragos “secundários” do altar (S. João Baptista, Santo António e Nossa Senhora) são emoldurados numa espécie de medalhão em talha dourada, que os destaca da restante decoração.

A mesa de altar da parte inferior é pintada com “imitação de mármore”, com roseiras entalhadas e um friso com formas circulares interligadas.

Concedei-nos, Senhor, a proteção para os nossos dias,

e dai-nos o fervor apostólico como o do Vosso servo, São Jacinto,

difusor da Ordem Dominicana na Polónia. Amém.

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Atualizado em 14/02/2023
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